A suave castelã das horas mortas
Assoma à torre do castelo. As portas,

Que o rubro ocaso em onda ensangüentara, 
Brilham do luar à luz celeste e clara.

Como em órbitas de fatias caveiras
Olhos que fossem de defuntas freiras,

Os astros morrem pelo céu pressago...
São como círios a tombar num lago.

E o céu, diante de mim, todo escurece...
E eu que nem sei de cor uma só prece!

Pobre alma, que me queres, que me queres?
São assim todas, todas as mulheres.

0 comentários:

Postar um comentário